RESMUNGANDO 

Quando um usuário envia uma mensagem (utilizando o GTalk em Português/Brasil disponível no GMail), ele lê esta mensagem precedida por um "mim:". Visto que em português, mim é um pronome pessoal e não pode ser empregado como sujeito de uma ação (no caso, a mensagem que o usuário está enviando), minha sugestão é que se troque este "mim:" por "eu:".
Obrigado.

Francismar Lemos


Enviei para o Google como sugestão.

E espero não ver nenhum comentário neste blog que contenha alguma combinação das palavras ou sinônimos "utilize em inglês, analfabeto".

 

GUERRA CIVIL 

Os ônibus podem parar de circular em Campinas, a Unicamp suspendeu as aulas de hoje a noite e a situação não está com uma cara muito boa.

*MEDO*

Update 1:Soube que o Parque Shopping Dom Pedro fechou todas as lojas, então fui comprar meu jantar (pão de forma com mortadela) na padaria da esquina. No caminho, os meninos do condomínio, onde moro, estavam gritando que havia uma ameaça de bomba no shopping. O porterio do condomínio conversava a respeito com moradores. E por final, a padaria estava com um movimento dez vezes maior que o normal, onde o assunto era que Campinas inteira estava em estado de sítio.

 

NUESTRO PERO NO MUCHO 

É complicado passar de um lado do problema para o outro. Muito já se discutiu da nacionalização de empresas estrangeiras no Brasil; a esquerda defendendo ferrenhamente, a direita tentando arranjar argumentos contra, apoiados na globalização. Mas pelo que eu me lembro, dos poucos 25 anos de vida e estudo, nunca havia sido discutida a nacionalização de uma empresa brasileira em outro país.

Fui atrás de tentar encontrar dados sobre nacionalizações que ocorreram ao longo da história - a grande maioria que encontrei foram justamente a respeito de petróleo; dados sobre a história da PETROBRAS na Bolívia, além de toda a panorâmica sobre o assunto.

De tudo que li até agora, o que fica é a sensação de que o conformismo brasileiro* vai sobrar nesta situação. Haverá uma reunião entre os representantes dos países, promessas, alguns sorrisos, apertos de mão para fotos e assunto resolvido. Resolvido sem uma única negociação decente sobre os mais de R$ 1,5 bilhões já investidos pela PETROBRAS e a possibilidade de uma situação insustentável quanto ao gás natural que abastece o Brasil.

Até dá vontade de chamar o Bush. Mas, já passou.

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*Conformismo brasileiro: o ato de ser 'bem educado' diante de situações erradas, sendo pequenas como não reclamando de pessoas que furam filas ou grandes como viver em um país que os políticos pintam e bordam. O ato é auto-alimentado, as pessoas acabam por aderir ao seu uso e achar tudo normal.

Update 1: Será?

Update 2: Olha isso! Eles querem resolver o problema de déficit fiscal às custas do Brasil. E o Lula ainda falou que a PETROBRAS absorve, PELAMORDEDEUS, quem fui o idiota que votei nesse incompetente? IMPEACHMENT JÁ!

Update 3: Ok, isso virou putaria já.

 

O JOGO 

Perca.

 

DISTORÇÃO PARA TROMBONES 

Estou cursando Apreciação Musical como matéria eletiva neste semestre. O foco que o professor está envolvendo, trata-se de conhecer a música pela evolução de sua complexidade e por consequência o aumento necessário das orquestras para executá-la.

Já vimos Claudio MonteVerdi por exemplo, que me surpreendeu pela abrangência de sua obra. Ela contem elementos que só iriam aparacer séculos depois em sinfonias de Beethoven, Mozart e outros.

Mas fiquei realmente impressionado por Hector Berlioz, compositor francês que escreveu em 1830 a Symphonie Fantastique. Uma obra tão densa, rica em detalhes e pesada sonoramente que me fez sentir, enquanto assistia, a mesma vontade de levantar e começar a gritar como no único show do Mogwai que assisti no Brasil, em 2002.

Gênios, ah.

 

SETE E QUARENTA E OITO DA MANHà

A linha 3.87 sai do terminal urbano com um quadro divertido dentro de suas janelas. Estou em pé no meio do ônibus, que dá significado a palavra lotado, cercado por senhoras e moças que julgo serem todas empregadas domésticas. A situação é engraçada porque elas tem no máximo um metro e sessenta contra os meus um metro e oitenta e sete. São muitas mesmo, somente eu me destaco pela altura. Me sinto como uma girafa, mas tento encarar todos os olhares perdidos com um sorriso preso.

O assunto principal é o capítulo da novela das oito de ontem. Todas esbravejam comentários, críticas e quase apelos pela suas supostas resoluções do mistério que ocorre na trama televisionada. Mas quando o assunto vai se esgotando à medida que elas vão descendo em seus pontos, percebo uma conversa diagonal entre duas que estão sentadas ao meu lado.

- Menina, e esse negócio do Lula agora? Tão realmente chamando ele de ladrão. Tão falando que ele ia roubar um bilhão de reais do Brasil, vê se pode?!?

- Ah, por mim, pode roubar o quanto quiser. Não mexendo no bolsa família, nem no bolsa escola, que roubem. Sempre foi assim mesmo.

Desço no meu ponto.

O Lula é só o Hugo Chávez criado do jeitinho brasileiro.

 

CAPÍTULO VII 

As dores de cabeça aumentaram muito. Quando começam, tenho vontade de ir até a cozinha pegar a faca de churrasco, a lâmina afiadíssima é um espelho e o cabo de um branco impecável, e enfiá-la diretamente na têmpora direita. Por onde ela percorresse, eu a seguiria com a faca, não deixaria escapar de mim. Na maioria das vezes, seria uma volta por cima com muito esforço para chegar ao lado esquerdo, depois voltando até atingir exatamente acima dos olhos - o ponto onde a enxaqueca se personifica.

Relutei um pouco mas, pela gravidade, terei que visitar o médico. Mariana marcou a consulta, ela está tão cansada quanto eu. Não a como direito, tenho tido pouca paciência e estou sendo praticamente um vegetal - uma planta de canto de sala sem trabalhar há quatro dias. Na embriagada consciência que consigo, entre uma enxaqueca e outra, percebo ela cuidando sozinha de casa muito bem. A sensação que casei com a mulher certa é a única coisa que me dá alguma emoção.

Esperamos vinte minutos na sala de entrada do neurologista. Ela segura forte minha mão, calada entre os dedos que coloca, às vezes, na frente da boca. A recepcionista pede para eu entrar, digo que vou sozinho mas ela nem discute e me acompanha. O especialista faz perguntas que me parecem idiotas e vou respondendo sem o menor entusiasmo, minha cabeça lateja. Mariana intervem, completa, contradiz, questiona o médico. Ele se resguarda a dizer um diagnóstico inicial, passando uma lista enorme de exames.

No caminho de volta ela não pára de reclamar da consulta, achou o médico mal qualificado, pouco atencioso e que deveríamos procurar outro. Na verdade, ela pára e fica um pouco constrangida quando nota que estou absorto em minha dor. Tudo bem?, com a voz perdida entre o olhar de comoção. Mas desiste, meu olhar de volta é medonho.

O tempo está péssimo, o trânsito um caos, minha vida uma merda. Seriam pensamentos comuns ao meu cotidiano senão fosse esse cão do inferno comendo meu cérebro com dentes afiados. Apoio os braços nos joelhos e coloco as mãos fortemente dos dois lados, tento - sem que Mariana perceba - expremer minha cabeça. Fico entre minhas pernas segurando minha nuca por cima. A luta física que travo é inútil, toda dor que consome a parte de dentro é infinita comparada a que provoco do lado de fora.

Mariana se mantem presa ao trânsito, ela faz parecer normal aquilo que ocorre no banco do passageiro. É como se estivesse indo para o trabalho e os filhos, os quais não temos, estivessem fazendo alguma bagunça besta de crianças. O único movimento brusco que faz, é freiar o carro repentinamente quando grito para parar. Desço e corro com total insanidade até um desses carrinhos ambulantes que vendem sucos e refrigerantes pelas ruas. O vendedor está longe, atendendo algum cliente pelo vidro de algum carro. Abro a tampa e, já sem pensar por um bom tempo, enfio a cabeça entre todo aquele alumínio, plástico e gelo. Ouço gritos em um grande alvoroço, de dentro do carrinho parece como se tudo viesse de longe dali. Por alguns segundos, engano a dor e esqueço um pouco a idéia da faca. Um freezer vertical pequeno, do tamanho dos meus ombros, me parecia bem mais prático.

 

ORAÇÃO MATINAL 

Que eu tenha o perfeito entendimento que as minhas atitudes, palavras e pensamentos somente são proferidos para que se voltem a mim com mais força.

 

DEL.ICIO.US 

Se há uma coisa legal em blogs é a propagação de informação. Com serviço do del.icio.us isso ficou simples e divertido. As vezes, ficar fazendo posts e posts, de coisas que você só gostaria de propagar, pode deixar o blog um pouco poluído.

Então, del.icio.us.em na parte direita deste blog.

 

VESPERTINO ANDANTE MA NON TROPPO 

Não que alguém me pergunte isso algum dia, mas se perguntassem o que uma pessoa precisa ter realmente para fazer alguma coisa nessa vida que tenha qualidade, eu diria sem hesitar: confiança.

Muitas são as, ahn, virtudes necessárias, ao longo do caminho, para conseguirmos cumprir competentemente algo a que nos propusemos. Disciplina, determinação e sabedoria elevam a chance para que consigamos. Mas por que alguma uma dessas não foram minhas respostas?

Comecemos: a disciplina é uma virtude sutil aos olhos viciados do cotidiano. Ela desenha nossos movimentos das ações detalhistas às grandiosas, fazendo com que não percamos o caminho dentro dele próprio. Mas a disciplina não motiva, não alimenta. Ela só nos mantêm, não nos empurra.

Mas então há a determinação, a motivação em forma de virtude. A questão com a determinação é a sua dosagem: caso você queria somente entortar algo, pode colocar tanta força que acaba por quebrá-lo. Sua vontade era tanta que acabou por ultrapassar seu objetivo, perdendo a precisão, a qualidade. Então, é necessário que ela venha acompanhada com a sabedoria.

É difícil, porém, entender o que significa sabedoria. Ponderação, entendimento maior do redor, paciência para o acelerador ou pressa para o acelerador. Sabedoria é, as vezes, negação da própria sabedoria, por simplesmente tender a ficar maior por cada experiência que temos. Ela nos soma, multiplica, diminui quando necessário: nos equilibra perantes nós, os outros e o mundo. Não é intríseca ao caminho, nem impermanente à atitude (mesmo sendo diretamente relacionada). Mas ela é consequência, é necessário experimentar para realmente obtê-la, é necessário percorrer o caminho para que você consiga desfrutá-la.

Enfim, a confiança. A confiança, ao meu ver, é a soma destas três, e de outras. Ela é plena em todo caminho, início ao fim. Fraquezas, dificuldades e faltas caem perante a confiança. E não se trata de querer ser invencível, trata-se de saber chorar quando precisa e mesmo assim se levantar. Não se trata de querer ser o melhor, trata-se de querer fazer as coisas bem feitas e saber que pode!

Disciplina, determinação e sabedoria fazem o homem maior, mas a confiança é algo que ele pode realmente acreditar, porque ela é do seu tamanho.

 

SEMPRE 

Alguém sabe me explicar TEORICAMENTE porque o fato, comprovado EMPÍRICAMENTE, de que a Coca-Cola ENGARRAFADA EM VIDRO é o MELHOR refrigerante DO MUNDO?

 

MEU BLOG É A MTV 

Um post para linkar todos os meus vídeos prediletos do YouTube.

 

DOMINGO NA SEGUNDA FEIRA 

Almoço na churrascaria, desce a picanha, conversas sobre tecnologia, desce o cupim, mais maminha, uma família reunida na mesa de trás, uma criança não pára de reclamar, coração sim, linguiça também, picanha ao alho por favor, o assunto na nossa mesa fica pesado - um doutorando em computação gráfica e um engenheiro elétrico que trabalha com processadores de sinais digitais, coca com limão e gelo, churrascaria sem ar condicionado, bastante gelo, a criança se acalma depois que ganha um picolé, a mãe conta para a tia as novidades da rua, desce a picanha e traz mais aquele cupinzinho?, ô maravilha, o dono da churrascaria começa olhar feio para nossa mesa, desce a alcatra, e o filét mingon tambem, a conversa na mesa continua sobre erros em construção de hardware e teste de software, outra coca por favor (não dito mas sim demonstrado com um sinal para o garçom seguido de um polegar estendido), olha o cupim, mais uma picainha, sobramos nós na churrascaria e a família, fecharam as portas já, um abacaxi para arrematar?, vamos pagar a conta felizes.

Voltando para a casa com os vidros do carro aberto, ainda tem espaço para uma vaca preta de sorvete napolitano, hein? heh, um sol leve e a imagem, ainda de longe, de um vira-lata com pêlo escuro andando elegantamente, como se o mundo em volta não tivesse nada a ver com ele.

Update: Até o Chico Pinheiro, no final do JN de hoje, mandou um "Bom Domingo".

 

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